Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos

Impactados pela mineração: comunidades do Alto Sertão da Bahia realizam atividade de mobilização

No último fim de semana, nos dias 16 e 17 de dezembro, as comunidades impactadas pela mineração no Alto Sertão da Bahia reuniram-se no 1º encontro em defesa da terra, da água e do campesinato. Organizado pela Associação dos Pequenos Agricultores de Taquaril (ASPAT), pelo Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), pela Comissão Pastoral da Terra Bahia (CPT/BA), pela Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil (AMDH), pela Associação de Advogados/as de Trabalhadores/as Rurais (AATR) e pela Cáritas Brasileira, o evento teve como objetivo promover o intercâmbio de conhecimento e formação entre as comunidades da região. Do mesmo modo, visou propiciar momentos de mobilização e integralização das lutas e de escuta sobre os conflitos vividos e das iniciativas conjuntas.

Presença da Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil

A presença e envolvimento ativo da Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil (AMDH) na atividade integra o contínuo processo de acompanhamento de casos conduzido pela organização. Desde 2021, a AMDH vem monitorando o caso de violações de direitos humanos enfrentado pelas comunidades de Taquaril dos Fialhos, na Bahia, além de diversos outros casos em andamento.

Programação do 1º encontro das comunidades impactadas pela mineração no Alto Sertão da Bahia

A programação da agenda iniciou-se em Cachoeira/Pindaí, com a acolhida dos participantes e a realização de uma visita guiada nas comunidades próximas à mina Pedra de Ferro. Em seguida, foi apresentado um panorama da mineração no Alto Sertão da Bahia e os impactos socioambientais da Bami. Durante a atividade, as comunidades discutiram sobre balanço do processo de mobilização, compartilharam os desafios enfrentados e elaboraram conjuntamente estratégias para a organização da luta em prol de seus direitos.

No segundo dia, na Comunidade de Taquaril dos Fialhos/Licínio de Almeida, uma celebração religiosa com o Pe. Osvaldino Barbosa deu início às atividades. Além disso, apresentação cultural “Um dia, as nascentes da Serra do Salto” e a roda de conversa com entidades parceiras “Tecendo redes de (re)existências” complementaram a agenda no período da manhã. O evento também proporcionou momentos de lazer, confraternização e alimentação, fortalecendo os laços entre as comunidades e as organizações presentes.

O encontro encerrou-se com encaminhamentos promissores para o avanço futuro do acompanhamento do caso pela AMDH, que busca impulsionar e reforçar a união e a determinação dessas comunidades na luta pela preservação de seus territórios e modos de vida e ampliar o caso para o cenário nacional e internacional de direitos humanos.

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