Ontem, sexta-feira (14), representantes de organizações se reuníram no Comitê Popular de Luta do Bairro Farrapos para pensar novas estratégias políticas e de mobilização referente às comunidades pertencentes ao 4º Distrito de Porto Alegre, que foram severamente afetadas pelas recentes enchentes no estado. As violações de direitos humanos nessa região já vêm sendo monitoradas pela Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos (AMDH) desde o início da pandemia de Covid-19.
Estiveram presentes Enéias da Rosa, secretário executivo da AMDH, Paulo Guarnieri, liderança comunitária, Rodrigo Schley, representante da Associação Desabafa, Claudete Simas, advogada e representante da Acesso – Cidadania e Direitos Humanos e Cristiano Muller, advogado e representante do Centro de Direitos Econômicos e Sociais.
Durante a agenda, os participantes debateram sobre a realização de encontros regionais para mobilização, a organização de visitas aos territórios afetados, a consulta às comunidades sobre suas principais demandas, a formalização das solicitações da população e a possíveis ações de doações e cadastramento. Tais iniciativas buscam atender as necessidades urgentes, reunir as comunidades para planejamentos de lutas e cobrar a responsabilização e reparação dos danos causados.
A reunião foi realizada na sede da Associação Desabafa, o Comitê de Luta Popular do Bairro Farrapos, que foi atingido pela enchente. A água cobriu grande parte da estrutura, ultrapassando o nível das portas. O espaço para organização comunitária, que inclusive já sediou alguns de nossos encontros e reuniões com as comunidades, também funcionava como cozinha solidária. Nas fotos abaixo, é possível ver a situação atual e a comparação do local com nossos registros anteriores da cozinha em funcionamento.